quinta-feira, 27 de setembro de 2012

My Way & Claude François


Claude François do começo ao fim


Um nome escrito com letras de fogo



          
          Estreou há 2 semanas o filme "MY WAY", filme que conta a história do cantor Claude François. O filme na França se chamou "Cloclo", a maneira como ele era conhecido na terra gaulesa.
          Assisti o filme e fui cativado já nas primeiras cenas. Logo no começo, é criada uma grande expectativa quando uma mulher no Oriente Médio lê a borra de café para a mãe de Claude, grávida, e anuncia: " Vai ser um menino e vejo o nome dele escrito com letras de fogo ". Ainda no início, mostra a infância dele no Egito (nasceu na cidade de Ismaília) tocando derbake e dançando em meio a ritmos árabes. 
           Claude compôs a canção "Comme d'habitude" em 1967. Fez muito sucesso nos anos 60 e 70, chegando a vender em torno de 70 milhões de LPs. Comme d'habitude ficou imortalizado anos mais tarde como MY WAY na voz de Frank Sinatra. A versão que mais gosto é a de Michel Sardou (postei o vídeo abaixo).
            O filme mostra uma trajetória de vida com altos e baixos, infância no norte da África, adolescência em Mônaco e vida adulta em Paris. 
            A última cena do filme mostra o canal do Suez, ofuscante. A história volta mais uma vez à origem, o Egito. Acredito que foi toda essa base, tanto geográfica, multicultural e familiar, que fez com que "Cloclo" se tornasse esse ser humano tão singular.





                                          

   

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Joe Dassin e seu Champs Elysées


Joe Dassin encontra o paraíso antes da morte



 
     
     Joseph Ira Dassin, diminutivo "Joe", nasceu em Nova Iorque em 1938. Filho do cineasta Jules Dassin e da violinista Béatrice Launer que se mudaram para Los Angeles logo após seu nascimento. Devido à perseguição política sofrida por seu pai, a família abandonou os EUA,
se estabelecendo em Paris em 1950, após perambular por vários países da Europa.
     Em Paris na década de 60, um encontro casual com o compositor Jacques Plaid proporcionou o contexto certo para Dassin gravar. As canções de Plaid levaram rapidamente Joe para o êxito, fazendo dele uma estrela emergente. O impulso de originalidade incutido por Joe Dassin na música francesa foi uma lufada de ar fresco na cena musical dos anos sessenta.    
     No início dos anos 70, o single "Les Champs-Elysées" (1969) venceria todos os recordes de vendas anteriores, consolidando estatuto de Joe Dassin.
     Com este refrão excitante, a avenida mais famosa do mundo ganhou todos os lábios. Paris se assemelhava à Nova Iorque, a cidade que nunca dorme. Além disso, Joe morava no boulevard Raspail. Seu endereço entretanto não impediu Dassin de celebrar a margem direita. O sucesso para ele era uma ponte a ser atravessada. Da outra margem do Sena, havia a Champs Elysées, a consagração.

    Se a gente acreditar no refrão, o lugar é como o Samaritano: lá se encontra tudo. Tudo o que se quer. Seja qual for a hora e o clima. De repente, entre a Concórdia e o Arco do Triunfo, Paris se assemelha à Nova Iorque, a cidade que nunca dorme. Não deveria incomodar ao filho de Jules Dassin de emprestar à capital francesa os versos de Manhattan.

    Se for verdade o que disse certo escritor inglês que "todo americano bom quando morre vai para Paris", Joe decidiu encontrar esse Paraíso antes de sua morte precoce por um infarto miocárdico aos 41 anos.







Les Champs-Élysées

Je m'baladais sur l'avenue
Le coeur ouvert à l'inconnu
J'avais envie de dire bonjour à n'importe qui
N'importe qui et ce fut toi
Je t'ai dit n'importe quoi
Il suffisait de te parler
Pour t'apprivoiser

Aux Champs-Elysées
Aux Champs-Elysées
Au soleil, sous la pluie, à midi ou à minuit
Il y a tout ce que vous voulez
Aux Champs-Elysées

Tu m'as dit "J'ai rendez-vous
Dans un sous-sol avec des fous
Qui vivent la guitare à la main
Du soir au matin"
Alors je t'ai accompagnée
On a chanté, on a dansé
Et l'on n'a même pas pensé
À s'embrasser

Aux Champs-Elysées
Aux Champs-Elysées
Au soleil, sous la pluie, à midi ou à minuit
Il y a tout ce que vous voulez
Aux Champs-Elysées

Hier soir deux inconnus
Et ce matin sur l'avenue
Deux amoureux tout étourdis
Par la longue nuit
Et de l'Étoile à la Concorde
Un orchestre à mille cordes
Tous les oiseaux du point du jour
Chantent l'amour

Aux Champs-Elysées
Aux Champs-Elysées
Au soleil, sous la pluie, à midi ou à minuit
Il y a tout ce que vous voulez
Aux Champs-Elysées (2x)

Os Campos Elísios

Eu vagava pela avenida
O coração aberto aos desconhecidos
Eu queria dizer bom dia à não importava quem
Não importava quem e foi você
Eu disse-lhe qualquer coisa
O suficiente para falar com você
E lhe cativar

Nos Campos Elísios
Nos Campos Elísios
Ao sol, na chuva, ao meio-dia ou a meia-noite
Há tudo o que quiseres
Nos Campos Elísios

Você disse: "Eu tenho um compromisso
Em um porão com os tolos
Que vivem com o violão na mão
Da noite ao dia"
Então eu te acompanhei
E cantamos, e dançamos
E nós nem sequer pensamos
Em nos beijar

Nos Campos Elísios
Nos Campos Elísios
Ao sol, na chuva, ao meio-dia ou a meia-noite
Há tudo o que quiseres
Nos Campos Elísios

Na noite passada, dois desconhecidos
E esta manhã na avenida
Dois amantes atordoados
Pela longa noite
E da Estrela ao Concorde
Uma orquestra de mil cordas
Todas as aves do amanhecer
Cantam o amor

Nos Campos Elísios
Nos Campos Elísios
Ao sol, na chuva, ao meio-dia ou a meia-noite
Há tudo o que quiseres
Nos Campos Elísios